Operação investiga uso do
aparelho estatal da Agência Brasileira de Inteligência para monitorar
ilegalmente autoridades durante o governo Bolsonaro. Alexandre Ramagem,
ex-diretor da Abin, é alvo de buscas nesta quinta (25).
Integrantes da
Polícia Federal envolvidos na operação desta quinta-feira (25) foram informados
de que o aparelho estatal da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi
usado para monitorar e investigar ilegalmente governadores e até integrantes do
Supremo Tribunal Federal.
As suspeitas recaem sob o
chefe do órgão durante o governo Jair Bolsonaro, Alexandre Ramagem, hoje
deputado federal pelo PL do Rio.
Segundo fontes que
estão a par da apuração, a Abin teria investido no monitoramento ilegal dos
ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia e do ex-governador Camilo Santana, do Ceará, hoje ministro da
Educação de Lula, entre outros.
A operação desta
quinta (25) foi chamada de "Vigilância Aproximada" e é um
desdobramento da operação "Primeira Milha", iniciada em outubro de
2023 para investigar o suposto uso criminoso da ferramenta
"FirstMile".
A suspeita é que
houve uso de ferramentas de geolocalização em dispositivos móveis (celulares e
tablets, por exemplo) sem autorização judicial e sem o conhecimento do próprio
monitorado.
Ramagem é um dos
alvos. Há buscas contra ele no gabinete do parlamentar na Câmara dos Deputados
e no apartamento funcional da Câmara hoje ocupado por ele.