De acordo com o levantamento, mais de 10 mil pessoas
aguardam um diagnóstico no estado.
Um
estudo elaborado pelo Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE) mostrou
que não existem profissionais de saúde aptos a diagnosticarem o Transtorno do
Espectro Autista (TEA) na rede pública de 37% dos municípios pernambucanos.
O
levantamento mostra que o déficit vai na contramão da demanda por profissionais
capacitados, já que mais de 10 mil pessoas com indícios de autismo
esperam por um diagnóstico no estado, segundo o TCE.
Para o auditor da saúde do TCE João Francisco Assis, um dos
responsáveis pelo levantamento, os dados refletem a ausência de repasses
financeiros e de políticas públicas, por parte dos poderes executivos estadual e federal, que custeiem a contratação e guiem a
qualificação de profissionais especialistas.
"Ainda falta um arcabouço legal e,
de certa forma, técnico, dos ministérios, das secretarias de saúde sobre o
tema. Acaba que alguns [municípios] até querem trabalhar a temática, só que não
falta só recurso - que é o grande problema hoje - também falta instrução",
explicou o auditor.
Em Pernambuco, os direitos da pessoa com Transtorno de Espectro Autista estão descritos na lei estadual nº 15.487, de 2015. Nela, consta o "atendimento multidisciplinar e por profissionais especializados, incluindo ao menos, médico, psicólogo, fonoaudiólogo e terapeuta ocupacional".
Por Iris Costa, g1
PE